top of page
Foto do escritorFelipe Garofallo

5 sinais de que o seu cachorro pode ter displasia coxofemoral

A displasia coxofemoral é uma condição comum em cães, especialmente em raças de médio a grande porte, como Pastor Alemão, Labrador Retriever e Rottweiler.



Essa doença genética afeta a articulação do quadril, causando dor e dificuldade de movimentação, e pode impactar significativamente a qualidade de vida do animal se não tratada de maneira adequada. Apesar de ser mais frequente em cães jovens durante o período de crescimento, também pode se manifestar em cães adultos, especialmente com o agravamento de condições como artrite.


Um dos primeiros sinais de que o seu cachorro pode ter displasia coxofemoral é a dificuldade em levantar-se após períodos de descanso. Cães com essa condição podem apresentar rigidez nas articulações, especialmente pela manhã ou após longos períodos de repouso. Essa dificuldade geralmente é acompanhada por um andar desajeitado, com passos curtos ou hesitação em realizar movimentos que exijam maior esforço dos quadris, como subir escadas ou pular.


Outro indício significativo é a resistência ou relutância em participar de atividades físicas, como caminhadas ou brincadeiras que antes eram realizadas com entusiasmo. O cachorro pode demonstrar cansaço excessivo ou preferir permanecer deitado, evitando movimentos que causem dor ou desconforto. Em alguns casos, os tutores podem perceber uma perda de massa muscular nas patas traseiras, pois o animal tende a evitar colocar peso sobre a área afetada, levando à atrofia muscular.


A observação de claudicação, ou "mancar", é outro sinal evidente. Esse comportamento pode variar em intensidade, desde um leve desnível na movimentação até uma incapacidade mais pronunciada de usar uma das patas traseiras. Em situações avançadas, o cão pode carregar o peso do corpo principalmente sobre as patas dianteiras, o que também pode resultar em desconforto ou dores adicionais nas articulações dos membros anteriores.


Além disso, cães com displasia coxofemoral frequentemente apresentam sensibilidade ao toque na região dos quadris. O tutor pode notar que o animal reage de maneira negativa ao ser acariciado ou manipulado nessa área, mostrando sinais de dor como gemidos, rosnados ou retração. Essa sensibilidade é um indicador importante de que há algo errado com a articulação.


Por fim, alterações comportamentais, como irritabilidade ou apatia, podem ser sinais indiretos de displasia coxofemoral. A dor crônica afeta o bem-estar geral do animal, levando-o a ficar menos sociável ou mais reativo. É importante lembrar que alterações comportamentais podem ter diversas causas, mas, em associação com outros sinais clínicos, podem ser um alerta para displasia.


Se você identificar algum desses sinais em seu cachorro, é fundamental procurar um veterinário especializado em ortopedia para realizar uma avaliação completa. O diagnóstico é feito por meio de exame físico detalhado e radiografias da articulação do quadril. O tratamento pode variar desde controle da dor e fisioterapia até intervenções cirúrgicas, como a osteotomia pélvica dupla ou a prótese total de quadril, dependendo da gravidade do caso e da idade do animal.


Referências Bibliográficas

- Johnston, S. A., & Tobias, K. M. *Veterinary Surgery: Small Animal*. St. Louis: Elsevier, 2017.

- Morgan, J. P., "The Inheritance of Canine Hip Dysplasia: An Update". *Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice*, 1999.

Sobre o autor


Felipe Garofallo é médico veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades. Agende uma consulta presencial pelo whatsapp (11)91258-5102 

9 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


Que tal receber grátis mais artigos incríveis como esse?

Obrigado(a)!

bottom of page