top of page
Foto do escritorFelipe Garofallo

Como adaptar a rotina de exercícios para cães com displasia coxofemoral

Adaptar a rotina de exercícios para cães com displasia coxofemoral é essencial para ajudar a controlar a dor, melhorar a mobilidade e fortalecer os músculos ao redor das articulações afetadas. A displasia coxofemoral, uma condição genética que afeta a articulação do quadril, pode causar dor, inflamação e, em casos mais graves, levar à osteoartrite. Embora a cirurgia seja uma opção de tratamento em casos avançados, muitas vezes o manejo conservador, incluindo a modificação da rotina de exercícios, desempenha um papel fundamental no bem-estar do animal.



Para cães com displasia coxofemoral, a escolha dos exercícios certos e a adaptação da intensidade e duração são fundamentais. Inicialmente, é importante evitar exercícios de alto impacto, como saltos ou corridas em superfícies duras, que podem exacerbar a dor e o desgaste articular. Em vez disso, os exercícios devem ser direcionados para melhorar a força muscular, especialmente dos músculos que suportam a articulação do quadril, como os músculos glúteos e quadríceps. O fortalecimento desses músculos pode ajudar a reduzir a carga nas articulações, proporcionando maior estabilidade e conforto para o animal.


Caminhadas regulares em superfícies macias são recomendadas, pois ajudam a manter a mobilidade sem sobrecarregar as articulações. É importante começar com caminhadas curtas e aumentar gradualmente a duração, observando sempre a reação do cão. Se houver sinais de desconforto ou dor, como mancar ou relutância em se mover, o exercício deve ser interrompido e ajustado conforme necessário. O uso de coleiras que não forcem o pescoço e o uso de equipamentos que possam auxiliar no suporte do corpo, como coletes de apoio, também podem ser benéficos durante as caminhadas.


A hidroterapia é outra excelente opção de exercício para cães com displasia coxofemoral. A água proporciona um ambiente de baixo impacto, permitindo que o cão se exercite sem colocar pressão excessiva nas articulações. A flutuação reduz o peso corporal, facilitando o movimento e a realização de exercícios que, em terra, seriam difíceis ou dolorosos. Nadar fortalece os músculos, melhora a amplitude de movimento e ajuda no controle do peso, um fator crucial no manejo da displasia coxofemoral.


Além da hidroterapia, o uso de bolas terapêuticas e exercícios de equilíbrio também pode ser incorporado à rotina do cão. Esses exercícios ajudam a melhorar a propriocepção, ou seja, a capacidade do cão de perceber a posição de suas articulações e movimentos, o que pode contribuir para a estabilização da articulação do quadril e para a prevenção de quedas ou movimentos bruscos que possam causar dor.


Controlar o peso do cão é outro aspecto vital na adaptação da rotina de exercícios. O excesso de peso pode aumentar significativamente a carga nas articulações do quadril, exacerbando os sintomas da displasia coxofemoral. Portanto, é fundamental manter uma dieta equilibrada e adequada, em conjunto com a rotina de exercícios, para garantir que o cão mantenha um peso saudável.


Também é importante monitorar regularmente a condição do cão e ajustar a rotina de exercícios conforme necessário. Isso pode incluir a consulta regular com um veterinário, que poderá recomendar ajustes específicos baseados na progressão da condição do cão. Em alguns casos, o uso de medicamentos para controlar a dor e a inflamação pode ser necessário para permitir que o cão participe de atividades físicas com mais conforto.


Finalmente, é fundamental que os exercícios sejam realizados em um ambiente seguro e controlado, onde o cão se sinta confortável e onde seja possível monitorar seu comportamento e condição física. O objetivo é proporcionar uma rotina de exercícios que melhore a qualidade de vida do cão, sem causar dor ou desconforto adicional. A paciência e a consistência no manejo dessa condição são fundamentais para garantir que o cão possa viver uma vida ativa e feliz, apesar da displasia coxofemoral.


Referências bibliográficas

Bennett, D., & May, C. (2004). Joint disease of the dog and cat. Saunders Ltd.

Johnston, S. A., & Tobias, K. M. (2018). Veterinary Surgery: Small Animal. Elsevier. Sobre o autor


Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades. Agende uma consulta presencial pelo whatsapp (11)91258-5102 ou uma consultoria on-line por vídeo.

55 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Que tal receber grátis mais artigos incríveis como esse?

Obrigado(a)!

Contato
Horário: Segunda à sexta, entre 09h e 18h. Sábados entre 10:00 e 14:00. 

Whatsapp: (11)91258-5102.
Endereço: Alameda dos Guaramomis, 1067, Moema, São Paulo, SP.

bottom of page