Após sofrer algum tipo de trauma, é comum que os cães precisem utilizar algum tipo de bandagem com tala para reduzir a dor e a inflamação, evitando assim a movimentação em excesso da fratura.
Em geral, as bandagens são utilizadas para controlar os danos, sendo utilizadas para proteger feridas, incisões e lesões, enquanto a tala, por ser rígida, é responsável por imobilizar o membro e pode ser utilizada dentro de uma bandagem.
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Voltando ao nosso tópico, as talas são utilizadas para fornecer proteção e suporte a uma área fraturada. Elas têm as mesmas funções de proteção que uma bandagem e têm o benefício adicional de impedir o movimento do membro lesado. Caso uma tala seja utilizada para apoiar um osso fraturado, ela será aplicada de modo a imobilizar a articulação acima e abaixo da fratura.
Como cuidar da tala e da bandagem?
O principal cuidado é manter a bandagem limpa e seca, sendo importante também observar se a bandagem não está escorregando. Secreções e mal cheiro também são sinais de alerta para a necessidade de troca.
Geralmente, quando uma bandagem é aplicada nos membros, alguns dígitos permanecem para fora para que o tutor possa observar um possível inchaço. Caso isso ocorra, a troca também será necessária. É importante que a bandagem seja checada em casa ao menos duas vez ao dia.
É imprescindível que o cachorro não lamba, morda ou tente retirar a bandagem, e para isso, é necessário o uso do colar elizabetano, o famoso "cone". Caso ele retire o curativo, procure o médico veterinário responsável para que ela seja aplicada novamente.
Caso o cão suje a bandagem de urina ou fezes, ela também deverá ser trocada o quanto antes.
Depois de quanto tempo é necessário trocar a bandagem?
Em caso de infecção, a troca recomendada é entre 1 a 2 vezes por dia. Caso o objetivo seja imobilizar o membro, a troca é feita com menos frequência se não houver complicações.
Orientações finais
As talas e bandagens, quando utilizadas incorretamente ou com descuido, podem comprometer muito a saúde do cão, gerando consequências graves, como aumento da infecção e comprometimento da circulação na região. Por isso a atenção e os cuidados são necessários.
Evite que a bandagem suje, molhe e que o cão tente removê-la com a boca. Caso ocorra algum imprevisto, procure imediatamente o hospital veterinário.
Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades. Agende uma consulta pelo whatsapp (11)91258-5102.