As fraturas de tíbia são lesões ósseas que afetam a tíbia, um osso longo localizado no membro pélvico dos cães e gatos.
Essas fraturas podem ocorrer como resultado de vários tipos de traumas, incluindo atropelamentos, quedas de altura, lutas com outros animais, acidentes domésticos ou atividades físicas intensas. As fraturas de tíbia ocorrem com frequência em cães e gatos devido ao pouco tecido muscular presente na região.
As fraturas de tíbia podem se apresentar de diferentes formas, desde fraturas simples e não deslocadas até fraturas cominutivas complexas, onde o osso se quebra em vários fragmentos.
Os sinais clínicos associados a uma fratura de tíbia geralmente incluem dor intensa, claudicação (mancar), inchaço, deformidade visível, incapacidade de suportar peso no membro afetado e evidência de dor à manipulação da área lesionada.
O diagnóstico de uma fratura de tíbia em cães e gatos geralmente é realizado por meio de exames físicos, história clínica detalhada e exames de imagem, como radiografias.
As radiografias são essenciais para determinar a extensão, localização e gravidade da fratura, bem como para avaliar a presença de fragmentos ósseos.
O tratamento das fraturas de tíbia em cães e gatos depende da localização, do tipo e da gravidade da fratura, bem como das condições clínicas do paciente.
Fraturas simples e não deslocadas podem ser tratadas de forma conservadora, com repouso, imobilização temporária com bandagens ou gesso, e manejo da dor com medicações apropriadas.
No entanto, fraturas mais complexas, deslocadas ou cominutivas geralmente requerem intervenção cirúrgica para realinhar e fixar os fragmentos ósseos. Existem várias opções cirúrgicas para o tratamento de fraturas de tíbia em cães e gatos, incluindo fixação interna com placas e parafusos e hastes bloqueadas, ou até mesmo fixação externa.
A escolha da técnica cirúrgica depende da localização, do padrão e da gravidade da fratura. Após o tratamento cirúrgico, o paciente é monitorado de perto para garantir que a fratura esteja cicatrizando adequadamente e que não haja complicações, como infecção, não união óssea ou falha na fixação.
Medicações para controle da dor e infecção podem ser prescritas conforme necessário, e sessões de fisioterapia podem ser recomendadas para promover a recuperação e a mobilidade do membro afetado. O prognóstico para fraturas de tíbia em cães e gatos é geralmente favorável com tratamento adequado, e a maioria dos pacientes apresenta recuperação funcional completa e retorno à atividade normal após o período de reabilitação.
Referências bibliográficas
Glyde, Mark & Arnett, Richard. (2006). Tibial fractures in the dog and cat: Options for management. Irish Veterinary Journal. 59.
Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades. Agende uma consulta pelo whatsapp (11)91258-5102.