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Foto do escritorFelipe Garofallo

Síndrome da cauda equina em cães

Atualizado: 23 de jan.

Estenose lombossacra, estenose lombar.

A Síndrome de Cauda Equina é uma desordem degenerativa geralmente presente em cães idosos. Essa síndrome comumente é mascarada por outras doenças ou é mal diagnosticada, por isso seu conhecimento é importante para a clínica veterinária.


Definição


A síndrome da cauda equina canina ou estenose lombossacra degenerativa é um processo por meio do qual ocorre uma compressão nas raízes nervosas do segmento caudal da medula espinhal do animal.


As causas que produzem essa alteração variam desde anomalias estruturais congênitas e fraturas e luxações vertebrais até tumores ou infecções na área em questão.


Raças predispostas


Existem raças predispostas como o Pastor Alemão, Rottweiler, Golden Retriever e o Boxer. Esta doença também ocorre em raças médias e pequenas, como o Dachshunds e os Bulldogs.


Sinais clínicos (sintomas)


Os sinais clínicos da doença geralmente passam desapercebidos pelo tutor. São sinais clínicos que se tornam crônicos com o tempo e são aparecem quando atingem um estágio avançado.


O animal pode apresentar sinais clínicos inespecíficos como redução de exercícios, caminhadas curtas, apatia e até agressividade. Por outro lado, alguns sinais clínicos são mais perceptíveis e mais indicativos de doença musculoesquelética.


Os sinais mais notáveis ​​são: claudicação intermitente, dor lombar, perda de gestos comportamentais como o movimento da cauda ou elevação dos membros posteriores para urinar nos machos, incontinência urinária e fecal, dificuldade em se levantar da posição de repouso, e atrofia muscular.


Diagnóstico


Os sinais clínicos que o animal acometido apresenta, além do histórico são essenciais para a realização de um diagnóstico e que deve ser combinado com técnicas de diagnóstico por imagem avançadas, como a ressonância magnética.


Nessa patologia, o diagnóstico precoce é muito importante pois os sinais clínicos podem ser prevenidos desde o início, permitindo assim que não se tornem crônicos e mais graves com a idade do animal.


Para isso, exames de controle de rotina devem ser realizados em cães com predisposição à estenose lombossacra.


Tratamento


Existem dois tipos de tratamento indicados para pacientes com cauda equina:


Tratamento conservador: por meio da administração de medicamentos para alívio da dor e controle de infecções, se houver, e controle da osteoartrose secundária por meio de condroprotetores, além de tratamentos quimioterápicos para animais cujo início do processo seja causado por uma neoplasia.

Tratamento cirúrgico: para resolver possíveis alterações ósseas presentes no animal, como hérnias ou ou por descompressão das raízes nervosas afetadas.


Esses tratamentos podem ser complementados com terapias de reabilitação e fisioterapia, além de técnicas de acupuntura e eletroacupuntura para melhorar o estado do paciente.


Referências bibliográficas


Caron, A.. (2012). Treatment of lumbosacral disease in dogs. Point Veterinaire. 43. 46-47.


Meij, Björn & Bergknut, Niklas. (2010). Degenerative Lumbosacral Stenosis in Dogs. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice. 40. 983-1009. 10.1016/j.cvsm.2010.05.006.


Sobre o autor

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades. Agende uma consulta pelo whatsapp (11)91258-5102.

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