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5 sinais de que o seu cachorro pode ter displasia coxofemoral

A displasia coxofemoral é uma condição comum em cães, especialmente em raças de médio a grande porte, como Pastor Alemão, Labrador Retriever e Rottweiler. Essa doença genética afeta a articulação do quadril, causando dor e dificuldade de movimentação, e pode impactar significativamente a qualidade de vida do animal se não tratada de maneira adequada. Apesar de ser mais frequente em cães jovens durante o período de crescimento, também pode se manifestar em cães adultos, especialmente com o agravamento de condições como artrite. Um dos primeiros sinais de que o seu cachorro pode ter displasia coxofemoral é a dificuldade em levantar-se após períodos de descanso. Cães com essa condição podem apresentar rigidez nas articulações, especialmente pela manhã ou após longos períodos de repouso. Essa dificuldade geralmente é acompanhada por um andar desajeitado, com passos curtos ou hesitação em realizar movimentos que exijam maior esforço dos quadris, como subir escadas ou pular. Outro indício significativo é a resistência ou relutância em participar de atividades físicas, como caminhadas ou brincadeiras que antes eram realizadas com entusiasmo. O cachorro pode demonstrar cansaço excessivo ou preferir permanecer deitado, evitando movimentos que causem dor ou desconforto. Em alguns casos, os tutores podem perceber uma perda de massa muscular nas patas traseiras, pois o animal tende a evitar colocar peso sobre a área afetada, levando à atrofia muscular. A observação de claudicação, ou "mancar", é outro sinal evidente. Esse comportamento pode variar em intensidade, desde um leve desnível na movimentação até uma incapacidade mais pronunciada de usar uma das patas traseiras. Em situações avançadas, o cão pode carregar o peso do corpo principalmente sobre as patas dianteiras, o que também pode resultar em desconforto ou dores adicionais nas articulações dos membros anteriores. Além disso, cães com displasia coxofemoral frequentemente apresentam sensibilidade ao toque na região dos quadris. O tutor pode notar que o animal reage de maneira negativa ao ser acariciado ou manipulado nessa área, mostrando sinais de dor como gemidos, rosnados ou retração. Essa sensibilidade é um indicador importante de que há algo errado com a articulação. Por fim, alterações comportamentais, como irritabilidade ou apatia, podem ser sinais indiretos de displasia coxofemoral. A dor crônica afeta o bem-estar geral do animal, levando-o a ficar menos sociável ou mais reativo. É importante lembrar que alterações comportamentais podem ter diversas causas, mas, em associação com outros sinais clínicos, podem ser um alerta para displasia. Se você identificar algum desses sinais em seu cachorro, é fundamental procurar um veterinário especializado em ortopedia para realizar uma avaliação completa. O diagnóstico é feito por meio de exame físico detalhado e radiografias da articulação do quadril. O tratamento pode variar desde controle da dor e fisioterapia até intervenções cirúrgicas, como a osteotomia pélvica dupla ou a prótese total de quadril, dependendo da gravidade do caso e da idade do animal. Referências Bibliográficas
- Johnston, S. A., & Tobias, K. M. *Veterinary Surgery: Small Animal*. St. Louis: Elsevier, 2017.
- Morgan, J. P., "The Inheritance of Canine Hip Dysplasia: An Update". *Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice*, 1999.
Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades . Agende uma consulta presencial pelo whatsapp (11)91258-5102

A Evolução da Displasia Coxofemoral: Quando Considerar a Cirurgia?

A displasia coxofemoral é uma das principais condições ortopédicas que afetam cães, especialmente aqueles de raças grandes e gigantes. Esta condição caracteriza-se pelo desenvolvimento anormal da articulação do quadril, levando à incongruência entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, o que resulta em instabilidade articular e desgaste prematuro da cartilagem. Ao longo do tempo, essa incongruência causa dor e limitações funcionais, evoluindo para um quadro de osteoartrite, comprometendo significativamente a qualidade de vida dos animais acometidos. A displasia coxofemoral tem uma base genética importante, sendo transmitida hereditariamente em várias raças, como o Pastor Alemão, o Labrador Retriever, o Golden Retriever e o Rottweiler. No entanto, fatores ambientais, como crescimento rápido, nutrição inadequada e sobrepeso, podem agravar o desenvolvimento da displasia, acelerando o aparecimento dos sintomas clínicos. Em filhotes, a articulação do quadril ainda está em formação, e, se há displasia, o acetábulo não se adapta corretamente à cabeça femoral, resultando em uma articulação instável e predisposta ao desgaste. Os sinais clínicos da displasia coxofemoral podem variar de acordo com a gravidade da condição e a idade do animal. Em casos leves, o cão pode apresentar desconforto esporádico e claudicação leve após exercício físico intenso. No entanto, em casos mais avançados, os cães podem demonstrar dor intensa, dificuldade para levantar-se, correr ou subir escadas, e podem evitar atividades que antes realizavam com facilidade. Com o avanço da osteoartrite, é comum observar atrofia muscular dos membros posteriores devido ao desuso, e os cães podem passar a adotar uma postura diferente para aliviar a dor. O diagnóstico precoce da displasia coxofemoral é essencial para a implementação de um plano de manejo adequado. O exame radiográfico é o principal método diagnóstico, sendo realizado frequentemente em cães jovens de raças predispostas. Radiografias sob sedação são recomendadas para garantir a precisão das imagens, permitindo a avaliação detalhada da articulação e o grau de incongruência. Existem também exames mais sofisticados, como a tomografia computadorizada, que podem fornecer uma visão tridimensional da articulação, sendo indicados em casos mais complexos. O tratamento da displasia coxofemoral depende de vários fatores, incluindo a idade do animal, o grau de displasia, o nível de dor e o impacto na qualidade de vida. Em casos leves a moderados, o manejo conservador pode ser eficaz. Isso inclui controle de peso, fisioterapia, uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e condroprotetores, além de modificação da atividade física para evitar exercícios de alto impacto. A fisioterapia veterinária, com técnicas como hidroterapia e exercícios de fortalecimento muscular, tem se mostrado uma excelente aliada no manejo da displasia coxofemoral, ajudando a manter a mobilidade e a força muscular, além de reduzir a dor. No entanto, em casos mais avançados, ou quando o tratamento conservador não proporciona alívio adequado dos sintomas, a cirurgia torna-se uma opção necessária. Existem diferentes técnicas cirúrgicas disponíveis, que podem ser indicadas de acordo com a idade do cão e o grau de displasia. Em cães jovens, a sinfisiodese púbica e a osteotomia tripla pélvica podem ser indicadas, especialmente se o diagnóstico for feito precocemente. Essas cirurgias visam alterar o ângulo da articulação para promover um encaixe mais adequado entre o fêmur e o acetábulo, prevenindo o desenvolvimento da osteoartrite. Para cães adultos ou aqueles com displasia avançada, a substituição total do quadril, também conhecida como prótese de quadril, é uma opção eficaz. Essa cirurgia substitui a articulação displásica por uma prótese artificial, eliminando a dor e restaurando a função articular. Outra opção, mais paliativa, é a colocefalectomia, que remove a cabeça e o colo do fêmur, criando uma falsa articulação fibrosa. Embora essa técnica não restaure a função normal da articulação, ela pode proporcionar alívio significativo da dor em cães que não são candidatos a uma substituição total do quadril. É importante ressaltar que a decisão pela cirurgia deve ser tomada com base em uma avaliação criteriosa do veterinário especialista em ortopedia, levando em consideração o bem-estar do animal e a progressão da doença. A cirurgia, quando indicada, pode transformar a vida do animal, proporcionando-lhe anos de atividade e conforto. O acompanhamento pós-operatório adequado, com reabilitação fisioterápica e monitoramento clínico, é essencial para garantir os melhores resultados. Referências:
1. Tobias, K. M., & Johnston, S. A. (2013). Veterinary Surgery: Small Animal. Elsevier Health Sciences.
2. Fitzpatrick, N., & Solano, M. A. (2010). "Hip Dysplasia in Dogs: Pathophysiology, Diagnosis, and Surgical Treatment." Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 40(5), 1001-1022.
Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades . Agende uma consulta presencial pelo whatsapp (11)91258-5102  ou uma consultoria on-line por vídeo.

A Importância do Controle de Peso para Cães com Displasia Coxofemoral

A displasia coxofemoral é uma condição comum em cães, especialmente em raças de grande porte, caracterizada pelo desenvolvimento anormal da articulação do quadril. Esse problema ortopédico pode levar a dor crônica, perda de mobilidade e, em casos mais graves, à incapacidade de andar adequadamente. Um dos fatores mais importantes no manejo dessa doença é o controle rigoroso do peso corporal do animal. Manter o peso adequado pode não apenas retardar a progressão da displasia, mas também melhorar significativamente a qualidade de vida do cão. Quando um cão com displasia coxofemoral está acima do peso, o excesso de carga sobre as articulações já comprometidas piora a condição. A pressão extra agrava a inflamação e acelera o desgaste da cartilagem, o que pode resultar em artrose precoce. Portanto, o primeiro passo para ajudar um cão com displasia é garantir que ele mantenha um peso saudável. A perda de peso em cães obesos reduz o estresse sobre as articulações, o que diminui a dor e a inflamação associadas à condição. Além disso, o controle de peso ajuda a prevenir a sobrecarga de outras articulações, como os joelhos e cotovelos, que podem acabar compensando a fraqueza dos quadris. Para garantir um controle de peso eficaz, é essencial que os tutores colaborem com o veterinário na criação de um plano nutricional específico. A dieta deve ser balanceada e rica em nutrientes que favoreçam a saúde das articulações, como ácidos graxos ômega-3, condroitina e glucosamina. Também é importante monitorar as quantidades de alimento e evitar guloseimas que possam contribuir para o ganho de peso indesejado. Em alguns casos, o veterinário pode recomendar alimentos especialmente formulados para cães com displasia coxofemoral ou com tendência à obesidade. Outro fator relevante é o exercício físico. Embora os cães com displasia coxofemoral precisem se exercitar para manter a musculatura ao redor das articulações forte e saudável, é crucial que esses exercícios sejam de baixo impacto. Caminhadas curtas e controladas, natação e fisioterapia são opções que ajudam a manter o cão ativo sem piorar o desgaste nas articulações. O exercício regular também é importante para evitar o ganho de peso, mas sempre deve ser supervisionado por um veterinário ou fisioterapeuta veterinário especializado. Além da dieta e do exercício, existem tratamentos complementares que podem ajudar a controlar os sintomas da displasia, como o uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, bem como terapias alternativas, como a acupuntura. No entanto, sem o controle adequado do peso, esses tratamentos podem ter eficácia limitada, uma vez que o excesso de peso continuará a sobrecarregar as articulações. Em resumo, o controle de peso é uma das estratégias mais eficazes para o manejo da displasia coxofemoral em cães. Ele não apenas reduz a progressão da doença e melhora a mobilidade, mas também aumenta o bem-estar geral do animal. Um cão com peso adequado terá menos dor, mais facilidade para se movimentar e uma maior qualidade de vida, permitindo que ele desfrute de uma vida mais ativa e feliz. Portanto, é fundamental que os tutores estejam comprometidos em manter o peso de seus cães sob controle, especialmente quando lidam com uma condição crônica como a displasia coxofemoral. Referências:
- Johnston, S.A., & Tobias, K.M. Veterinary Surgery: Small Animal. 2nd ed. Saunders Elsevier, 2018.
- Kealy, R.D., Lawler, D.F., Ballam, J.M., et al. "Effects of Diet Restriction on Life Span and Age-Related Changes in Dogs." Journal of the American Veterinary Medical Association, vol. 220, no. 9, 2002, pp. 1315-1320. Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades . Agende uma consulta presencial pelo whatsapp (11)91258-5102  ou uma consultoria on-line por vídeo.

A evolução das técnicas cirúrgicas ortopédicas na medicina veterinária

A evolução das técnicas cirúrgicas ortopédicas na medicina veterinária tem sido notável nas últimas décadas, refletindo avanços tecnológicos e um entendimento mais profundo da anatomia e fisiologia dos animais. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos nossos pets, as técnicas cirúrgicas ortopédicas passaram por inovações que transformaram a abordagem e o tratamento de uma série de condições debilitantes, como displasia coxofemoral, luxação de patela, fraturas e rupturas de ligamento cruzado cranial. Antigamente, as opções cirúrgicas eram limitadas, e muitas vezes os procedimentos envolviam abordagens invasivas com longos períodos de recuperação. As técnicas eram mais rudimentares, e o sucesso dependia tanto da habilidade do cirurgião quanto da capacidade do animal em se recuperar de forma eficaz. Com o tempo, a medicina veterinária começou a adotar e adaptar técnicas da medicina humana, introduzindo procedimentos menos invasivos e mais precisos. A artroscopia, por exemplo, tornou-se uma técnica amplamente utilizada. Originalmente desenvolvida para uso em humanos, essa técnica minimamente invasiva permite que os cirurgiões veterinários examinem, diagnostiquem e tratem articulações danificadas com pequenas incisões. Isso não apenas reduz o tempo de recuperação, mas também diminui o risco de infecção e outras complicações associadas a cirurgias abertas. Outro avanço significativo foi o desenvolvimento de técnicas de osteossíntese, que envolvem o uso de placas, parafusos e hastes para estabilizar fraturas. Com materiais cada vez mais sofisticados, como ligas de titânio e biopolímeros, esses dispositivos são agora projetados para serem biocompatíveis, permitindo uma integração mais natural com o tecido ósseo e promovendo uma cicatrização mais rápida e eficaz. Além disso, as técnicas de fixação externa, que antes eram usadas de forma limitada, evoluíram para sistemas altamente eficientes, capazes de tratar fraturas complexas com menor trauma para o paciente. A evolução das técnicas cirúrgicas ortopédicas também inclui avanços em procedimentos corretivos, como a cirurgia de luxação de patela e a osteotomia de nivelamento do platô tibial (TPLO) para tratar rupturas de ligamento cruzado cranial. Esses procedimentos foram refinados ao longo dos anos, com uma maior compreensão das forças biomecânicas envolvidas, resultando em melhores resultados funcionais para os animais. Além dos aspectos técnicos, o desenvolvimento de protocolos anestésicos mais seguros e eficazes permitiu que as cirurgias ortopédicas fossem realizadas com maior confiança. Com o uso de anestesia balanceada e monitoramento avançado, os riscos durante e após a cirurgia foram significativamente reduzidos, proporcionando uma experiência mais segura tanto para o animal quanto para o veterinário. Esses avanços também se refletem na reabilitação pós-operatória. Hoje, a fisioterapia veterinária é uma parte integral do tratamento ortopédico, utilizando técnicas como hidroterapia, laserterapia e exercícios de fortalecimento para acelerar a recuperação e melhorar os resultados cirúrgicos. Esse enfoque multidisciplinar garante que os animais não apenas sobrevivam às cirurgias, mas recuperem a qualidade de vida com maior rapidez e menor dor. A medicina veterinária ortopédica continua a evoluir, com novas técnicas e tecnologias sendo introduzidas regularmente. Impressão 3D para modelagem de próteses, terapia com células-tronco para regeneração de tecidos, e avanços em biomateriais são apenas algumas das áreas que estão moldando o futuro da ortopedia veterinária. Essas inovações não só ampliam as possibilidades de tratamento, mas também oferecem esperança renovada para casos que antes eram considerados intratáveis. Se o seu pet sofre de algum problema ortopédico, é fundamental procurar uma clínica especializada que esteja atualizada com as mais recentes técnicas e inovações. Na Ortho for Pets, nossa equipe está comprometida em oferecer o que há de mais moderno e eficaz em tratamentos ortopédicos, sempre com foco no bem-estar e na recuperação completa dos nossos pacientes. Agende uma consulta conosco e descubra como podemos ajudar seu pet a viver com mais saúde e qualidade de vida. Referências bibliográficas SLATTER, D. **Textbook of Small Animal Surgery**. Philadelphia: Saunders, 2003. FOO, C. W. P.; DUNLOP, D. G. **Veterinary Orthopaedics**. London: Wiley-Blackwell, 2018. Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades . Agende uma consulta presencial pelo whatsapp (11)91258-5102  ou uma consultoria on-line por vídeo.

A importância da consulta prévia com o cirurgião do seu cão ou gato

A consulta com o cirurgião antes da cirurgia do seu cão ou gato desempenha um papel crucial no cuidado de saúde do seu animal de estimação. É um momento essencial onde você e o cirurgião podem discutir detalhes importantes sobre o procedimento planejado, bem como avaliar a condição de saúde do seu pet e esclarecer dúvidas ou preocupações que você possa ter. Antes de continuarmos, convido você a conhecer meu curso on-line "A Jornada da Recuperação: Dicas para Tutores de Cães e Gatos do Pré ao Pós-operatório", um guia completo para ajudar você a passar com tranquilidade pelo pré e pós-operatório da cirurgia do seu pet. Clique na imagem abaixo para adquirir o produto. Voltando ao nosso tópico, um dos aspectos mais importantes dessa consulta é a avaliação da condição do animal. O cirurgião veterinário realizará uma revisão completa do histórico médico do seu animal de estimação, incluindo qualquer condição médica pré-existente, alergias a medicamentos ou problemas de saúde recentes. Além disso, um exame físico minucioso será realizado para garantir que seu pet esteja em condições adequadas para passar pela cirurgia. Se necessário, exames complementares, como radiografias, ultrassonografias ou exames de sangue, podem ser solicitados para fornecer uma avaliação mais completa da saúde do animal. Durante a consulta, o cirurgião explicará detalhadamente o procedimento cirúrgico planejado. Isso inclui uma descrição dos objetivos da cirurgia, os passos envolvidos no procedimento e os resultados esperados. É importante que você entenda completamente o que será feito durante a cirurgia e por que ela é necessária para o bem-estar do seu animal de estimação. Qualquer dúvida ou preocupação que você tenha sobre o procedimento deve ser discutida abertamente com o cirurgião neste momento. Outro aspecto crucial da consulta é a discussão sobre os riscos e benefícios da cirurgia. O cirurgião fornecerá informações detalhadas sobre os possíveis riscos associados ao procedimento, como reações à anestesia, infecções, sangramento excessivo e complicações pós-operatórias. Ao mesmo tempo, os benefícios esperados da cirurgia serão destacados, como alívio da dor, melhora na qualidade de vida e resolução de problemas de saúde. É importante pesar cuidadosamente os riscos e benefícios da cirurgia para tomar uma decisão informada sobre o cuidado do seu animal de estimação. Durante a consulta, o cirurgião também explorará as opções de tratamento disponíveis para o problema de saúde do seu animal de estimação. Em alguns casos, pode haver mais de uma opção de tratamento viável, e o cirurgião ajudará você a entender as vantagens e desvantagens de cada uma. Essa discussão permitirá que você tome uma decisão informada sobre o melhor curso de ação para o seu animal de estimação, levando em consideração fatores como custo, eficácia e impacto na qualidade de vida. Além disso, a consulta com o cirurgião é uma oportunidade para se preparar adequadamente para a cirurgia do seu animal de estimação. O cirurgião fornecerá orientações específicas sobre como preparar seu pet para o procedimento, incluindo instruções sobre jejum prévio, interrupção de medicamentos específicos e outras precauções necessárias para garantir uma cirurgia segura e bem-sucedida. Seguir essas orientações cuidadosamente ajudará a minimizar os riscos e maximizar as chances de sucesso da cirurgia. A consulta com o cirurgião é uma oportunidade para estabelecer expectativas claras sobre o processo cirúrgico e o resultado esperado. O cirurgião explicará o que esperar antes, durante e após a cirurgia, incluindo o tempo de recuperação e os cuidados pós-operatórios necessários. Estabelecer expectativas realistas desde o início ajudará a evitar surpresas desagradáveis e garantirá que você esteja preparado para cuidar adequadamente do seu animal de estimação durante o período de recuperação. Em resumo, a consulta com o cirurgião antes da cirurgia do seu cão ou gato é uma etapa essencial no processo de cuidados veterinários. É um momento onde você e o cirurgião podem trabalhar juntos para garantir a saúde e o bem-estar do seu animal de estimação, discutindo detalhes importantes sobre o procedimento, avaliando a condição de saúde do animal, explorando opções de tratamento e estabelecendo expectativas claras para o processo cirúrgico e de recuperação. Ao tomar o tempo para se informar e se preparar adequadamente, você estará dando ao seu animal de estimação a melhor chance possível de uma cirurgia segura e bem-sucedida. Sobre o autor

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A importância do acompanhamento veterinário para cães com hérnia de disco

O acompanhamento veterinário para cães com hérnia de disco é fundamental para garantir o bem-estar e a qualidade de vida desses animais. A hérnia de disco é uma condição dolorosa e debilitante que ocorre quando o material gelatinoso entre as vértebras da coluna espinhal, conhecido como disco intervertebral, se desloca ou se rompe, pressionando a medula espinhal. Essa compressão pode causar dor intensa, perda de mobilidade e, em casos graves, paralisia. O diagnóstico precoce e o manejo adequado são essenciais para prevenir a progressão da doença e melhorar o prognóstico do paciente. O acompanhamento veterinário permite uma avaliação contínua da condição do cão, possibilitando ajustes no tratamento conforme necessário. Em muitos casos, o tratamento conservador, que inclui repouso, medicamentos para dor e inflamação, e fisioterapia, pode ser suficiente para aliviar os sintomas e permitir a recuperação. No entanto, em situações mais graves, pode ser necessária a intervenção cirúrgica para descomprimir a medula espinhal e prevenir danos permanentes. A importância do acompanhamento regular se dá pelo fato de que a hérnia de disco pode ser uma condição crônica, com possibilidade de recorrência. Mesmo após o tratamento inicial, é crucial monitorar o cão para detectar quaisquer sinais de retorno da doença. Além disso, o acompanhamento ajuda a identificar e manejar possíveis complicações que podem surgir, como infecções ou problemas relacionados ao uso prolongado de medicamentos. Outro aspecto importante do acompanhamento veterinário é o suporte ao tutor do animal. Cuidar de um cão com hérnia de disco pode ser desafiador, e o veterinário pode fornecer orientações valiosas sobre como adaptar o ambiente doméstico, como auxiliar o cão nas atividades diárias e quais exercícios podem ajudar na recuperação. A educação e o apoio ao tutor são componentes essenciais para o sucesso do tratamento a longo prazo. Adicionalmente, o acompanhamento veterinário inclui a avaliação da resposta ao tratamento e a adaptação do plano terapêutico conforme o cão responde. Cada paciente é único, e o que funciona para um pode não ser adequado para outro. O veterinário pode ajustar a dosagem de medicamentos, recomendar diferentes tipos de fisioterapia ou considerar outras opções de tratamento, como a acupuntura ou a terapia com laser, conforme necessário. Em resumo, o acompanhamento veterinário para cães com hérnia de disco é vital para garantir um manejo eficaz da condição, melhorar a qualidade de vida do animal e fornecer o suporte necessário para o tutor. Sem esse acompanhamento, há um risco aumentado de complicações, recorrência da doença e deterioração da saúde do cão, o que reforça a importância de uma abordagem cuidadosa e contínua. Referências bibliográficas Fossum, T. W. (2013). Small Animal Surgery. 4th ed. Elsevier Mosby. Jeffery, N. D., & Levine, J. M. (2020). Intervertebral Disk Disease in Dogs and Cats. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 50(2), 429-445. Sobre o autor
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A importância do diagnóstico precoce da hérnia de disco em cães

O diagnóstico precoce da hérnia de disco em cães é fundamental para garantir um tratamento eficaz e uma melhor qualidade de vida para o animal. A hérnia de disco, também conhecida como doença do disco intervertebral, é uma condição neurológica comum, especialmente em raças predispostas, como o Dachshund, Beagle, e Shih Tzu.

Esta doença ocorre quando o disco intervertebral, que funciona como um amortecedor entre as vértebras da coluna, se desloca ou se rompe, pressionando a medula espinhal e causando dor, inflamação e, em casos mais graves, perda de função motora. Identificar os sinais iniciais da hérnia de disco é crucial, pois quanto mais cedo a condição for diagnosticada, maiores são as chances de um tratamento bem-sucedido e menos invasivo. Os primeiros sintomas podem incluir relutância em pular ou subir escadas, dificuldade para caminhar, dor ao toque na coluna, e uma postura arqueada. À medida que a doença progride, os sintomas podem se intensificar, levando à perda de coordenação motora (ataxia), paralisia parcial ou total dos membros, e, em casos severos, perda de controle da bexiga e do intestino. Infelizmente, muitos desses sinais podem ser confundidos com outras condições, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais desafiador e essencial. Quando o diagnóstico é feito nas fases iniciais, o tratamento conservador, como repouso estrito, administração de anti-inflamatórios, e fisioterapia, pode ser suficiente para aliviar os sintomas e prevenir o agravamento da condição. Em muitos casos, um diagnóstico precoce pode evitar a necessidade de cirurgia, que, embora seja eficaz, envolve riscos e um longo período de recuperação. Além disso, o tratamento precoce minimiza a dor e o desconforto para o animal, promovendo uma recuperação mais rápida e uma melhor qualidade de vida. Em casos onde a cirurgia é necessária, o diagnóstico precoce permite um planejamento cirúrgico mais eficaz, com melhores taxas de sucesso. Procedimentos como a hemilaminectomia, que visa remover a pressão sobre a medula espinhal, têm maior probabilidade de restaurar a função normal do animal quando realizados antes que danos permanentes ocorram. Além disso, o diagnóstico precoce possibilita uma intervenção cirúrgica antes que a condição evolua para um estágio mais grave, onde as chances de recuperação total podem ser significativamente reduzidas. Outro aspecto crucial do diagnóstico precoce é a capacidade de diferenciar a hérnia de disco de outras condições neurológicas ou ortopédicas que podem apresentar sintomas semelhantes. Exames de imagem, como a radiografia, tomografia computadorizada (TC), e a ressonância magnética (RM), são ferramentas valiosas que auxiliam na confirmação do diagnóstico e na determinação da localização exata e da gravidade da hérnia. A ressonância magnética, em particular, é considerada o padrão-ouro para o diagnóstico preciso da hérnia de disco, pois oferece uma visualização detalhada da medula espinhal e dos tecidos moles ao redor. Por fim, o diagnóstico precoce também tem implicações emocionais e financeiras para os tutores. Identificar e tratar a hérnia de disco nos estágios iniciais pode reduzir significativamente os custos associados ao tratamento, evitando procedimentos mais complexos e longos períodos de recuperação. Além disso, os tutores podem evitar o sofrimento de ver seus animais de estimação passando por dor intensa ou limitações físicas severas, promovendo uma relação mais positiva e saudável entre o cão e sua família. Em resumo, o diagnóstico precoce da hérnia de disco em cães é vital para o sucesso do tratamento e para a prevenção de complicações graves. Ele permite uma abordagem terapêutica menos invasiva, aumenta as chances de recuperação total, e melhora a qualidade de vida dos cães afetados. Portanto, os tutores devem estar atentos aos primeiros sinais de desconforto ou dificuldades de locomoção em seus animais de estimação e procurar assistência veterinária imediata para garantir o melhor prognóstico possível. Referências bibliográficas 1. Jeffery, N. D., Barker, A. K., Hu, H. Z., Alcott, C. J., & Kraus, K. H. (2013). Differentiating Acute Intervertebral Disc Extrusion from Acute Noncompressive Nucleus Pulposus Extrusion in Dogs. *Journal of Veterinary Internal Medicine*, 27(6), 1371-1376. 2. Brisson, B. A. (2010). Intervertebral Disc Disease in Dogs. *Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice*, 40(5), 829-858. Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades . Agende uma consulta presencial pelo whatsapp (11)91258-5102  ou uma consultoria on-line por vídeo.

A importância do raio-x para o diagnóstico ortopédico em cães e gatos

O raio-x é uma ferramenta indispensável no diagnóstico ortopédico de cães e gatos, permitindo uma avaliação precisa e detalhada do sistema musculoesquelético desses animais. Essa tecnologia de imagem é amplamente utilizada na medicina veterinária devido à sua capacidade de detectar alterações ósseas, articulares e, em alguns casos, de tecidos moles, facilitando o diagnóstico precoce e o manejo adequado de condições ortopédicas diversas. A principal aplicação do raio-x em ortopedia é na identificação de fraturas, luxações e deformidades ósseas. Por exemplo, em casos de traumas, como atropelamentos ou quedas, o raio-x permite ao veterinário visualizar o tipo, a localização e a extensão da fratura, elementos essenciais para planejar o tratamento, que pode variar entre imobilização, fixação externa ou cirurgia ortopédica. Além disso, a radiografia auxilia na avaliação da consolidação óssea durante o acompanhamento pós-operatório. Outras condições ortopédicas comuns, como displasia coxofemoral, luxação patelar e ruptura do ligamento cruzado cranial, também se beneficiam do uso de raio-x. Na displasia coxofemoral, por exemplo, a radiografia é fundamental para avaliar o grau de incongruência articular e as alterações degenerativas associadas. Esse exame é essencial tanto para o diagnóstico quanto para o monitoramento da progressão da doença e planejamento de intervenções cirúrgicas, como osteotomias ou próteses de quadril. O raio-x também é crucial na detecção de doenças degenerativas e inflamatórias, como a osteoartrite, permitindo identificar alterações como osteófitos, esclerose óssea subcondral e estreitamento do espaço articular. Em casos de tumores ósseos, a radiografia é frequentemente o primeiro exame realizado, possibilitando a identificação de lesões suspeitas e orientando a necessidade de exames complementares, como tomografia computadorizada ou biópsias. Além das condições já mencionadas, o raio-x desempenha um papel importante no diagnóstico de doenças congênitas e hereditárias. Anomalias como luxações congênitas de articulações, crescimento desordenado ou malformações ósseas podem ser detectadas precocemente, permitindo uma abordagem terapêutica mais eficaz. A interpretação adequada dos raios-x exige conhecimento técnico e experiência do veterinário, bem como equipamentos de qualidade que produzam imagens nítidas e com boa resolução. O uso de técnicas específicas, como projeções ortogonais e contraste, pode aumentar significativamente a precisão diagnóstica, especialmente em áreas de difícil visualização. Por fim, é importante destacar que, embora o raio-x seja uma ferramenta valiosa, ele tem limitações, como a dificuldade de visualizar detalhes de tecidos moles e estruturas complexas. Por isso, pode ser necessário complementar o diagnóstico com outros métodos, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, dependendo do caso. O uso do raio-x no diagnóstico ortopédico representa uma das bases da medicina veterinária moderna, sendo essencial para garantir a saúde e o bem-estar de cães e gatos. Sua aplicação correta contribui não apenas para o diagnóstico preciso, mas também para o planejamento de tratamentos eficazes, melhorando significativamente o prognóstico dos pacientes. Referências bibliográficas
1. Morgan, J. P., & Voss, K. (2010). *Diagnostic imaging of musculoskeletal diseases in small animals*. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 40(4), 655-678.
2. Thrall, D. E., & Robertson, I. D. (2015). *Atlas of normal radiographic anatomy and anatomic variants in the dog and cat*. Elsevier. Sobre o autor Felipe Garofallo é médico veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades . Agende uma consulta presencial pelo whatsapp (11)91258-5102

A importância do repouso na recuperação de cirurgias ortopédicas

O repouso é um componente fundamental no processo de recuperação de cirurgias ortopédicas, especialmente em animais de estimação. Após a realização de procedimentos cirúrgicos, o corpo precisa de tempo e condições ideais para se curar e recuperar as funções normais. O repouso adequado, aliado a outros cuidados pós-operatórios, desempenha um papel crucial na promoção da cicatrização dos tecidos, prevenção de complicações e garantia de uma recuperação completa. Durante uma cirurgia ortopédica, tecidos como ossos, músculos, tendões e ligamentos são manipulados e, muitas vezes, reparados ou realinhados. Esse processo cria feridas cirúrgicas que precisam de tempo para cicatrizar adequadamente. O repouso é necessário para evitar a sobrecarga das áreas afetadas, o que poderia comprometer a integridade das reparações realizadas, prolongar o processo de cicatrização e, em casos mais graves, resultar na necessidade de uma nova intervenção cirúrgica. Além de permitir a cicatrização dos tecidos, o repouso também ajuda a controlar a dor pós-operatória. O movimento excessivo ou inadequado pode exacerbar a dor e o desconforto, dificultando o bem-estar do animal e a eficácia dos tratamentos analgésicos. Animais que não são mantidos em repouso podem apresentar maior inquietação, o que pode levar a comportamentos prejudiciais, como lambedura excessiva da área operada ou tentativas de retirar curativos e pontos, aumentando o risco de infecção. Outro aspecto importante do repouso é a prevenção de complicações secundárias, como as luxações ou o deslocamento de implantes ortopédicos, que podem ocorrer se o animal exercer pressão indevida sobre a área operada antes que a cicatrização esteja completa. Em cirurgias ortopédicas, é comum o uso de pinos, placas e parafusos para estabilizar ossos fraturados ou corrigir deformidades. O tempo de repouso necessário permite que esses dispositivos permaneçam estáveis enquanto os ossos se consolidam, evitando a falha do implante e garantindo o sucesso do procedimento cirúrgico. O repouso adequado também inclui a restrição de atividades físicas que possam colocar em risco a recuperação. Isso geralmente envolve limitar o espaço de movimentação do animal, evitando escadas, saltos e brincadeiras que possam gerar movimentos bruscos. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de gaiolas ou cercados para garantir que o animal não tenha acesso a áreas onde possa se machucar. A introdução gradual de exercícios controlados, sob orientação veterinária, é recomendada apenas quando a cicatrização já está em estágio avançado e os tecidos recuperaram sua força e elasticidade. A cooperação dos tutores é essencial para garantir que o animal permaneça em repouso durante o tempo recomendado. Isso pode ser um desafio, especialmente em animais jovens ou naturalmente ativos, mas é uma parte crucial do processo de recuperação. A paciência e o comprometimento dos tutores em seguir as recomendações veterinárias são fundamentais para o sucesso da recuperação pós-cirúrgica. Em conclusão, o repouso é uma parte indispensável do processo de recuperação após cirurgias ortopédicas. Ele não só promove a cicatrização dos tecidos, como também ajuda a controlar a dor, prevenir complicações e garantir que os resultados cirúrgicos sejam mantidos. O sucesso da recuperação depende de uma combinação de repouso adequado, cuidados pós-operatórios e a dedicação dos tutores em seguir as orientações fornecidas pelo veterinário. Referências bibliográficas 1. Fossum, T. W. (2018). Small Animal Surgery (5th ed.). Elsevier. 2. Tobias, K. M., & Johnston, S. A. (2012). Veterinary Surgery: Small Animal (2nd ed.). Elsevier.
Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades . Agende uma consulta presencial pelo whatsapp (11)91258-5102  ou uma consultoria on-line por vídeo.

A osteotomia dupla de pelve para cães filhotes com displasia coxofemoral

A displasia coxofemoral é uma doença comum em cães, especialmente em filhotes de raças grandes e gigantes.
A displasia coxofemoral afeta as articulações do quadril, resultando em dor, claudicação e dificuldade de locomoção. Felizmente, a medicina veterinária oferece diversas opções de tratamento, sendo a osteotomia dupla de pelve uma das técnicas mais eficazes para cães filhotes com displasia coxofemoral.
A osteotomia dupla de pelve é uma cirurgia ortopédica que tem como objetivo melhorar a congruência e estabilidade da articulação do quadril, proporcionando alívio da dor e restauração da função normal. Essa cirurgia é especialmente indicada para cães filhotes, pois visa corrigir o problema antes que se desenvolvam alterações degenerativas irreversíveis na articulação.
O procedimento cirúrgico envolve duas osteotomias, ou seja, cortes no osso da pelve. A primeira osteotomia é realizada no ílio, onde uma porção do osso é realinhada para melhorar a cobertura da cabeça do fêmur. Isso permite uma maior estabilidade e reduz o desgaste da articulação. A segunda osteotomia é realizada no púbis, com o objetivo de reposicionar a inserção do músculo pectíneo, melhorando a cobertura da cabeça do fêmur e promovendo uma distribuição mais equilibrada das forças na articulação. A osteotomia dupla de pelve é uma cirurgia complexa que requer habilidade e experiência por parte do cirurgião veterinário. É realizada sob anestesia geral e exige cuidados pós-operatórios adequados, incluindo repouso estrito, medicação para controle da dor e fisioterapia. Os resultados da osteotomia dupla de pelve em cães filhotes com displasia coxofemoral são geralmente excelentes. A maioria dos animais submetidos a essa cirurgia experimenta uma melhora significativa na qualidade de vida, com redução da dor e retorno à atividade normal.

É importante ressaltar que a recuperação completa pode levar algumas semanas ou meses, e é fundamental seguir todas as orientações do veterinário para garantir o sucesso do procedimento.
Em resumo, a osteotomia dupla de pelve é uma opção eficaz de tratamento para cães filhotes com displasia coxofemoral. Essa cirurgia ortopédica permite corrigir a má formação da articulação do quadril, proporcionando uma vida mais saudável e confortável para o animal.

Se o seu cãozinho apresenta sinais de displasia coxofemoral, consulte um ortopedista veterinário para avaliar a melhor abordagem terapêutica e discutir a possibilidade da osteotomia dupla de pelve. Referências bibliográficas Bartolomeu Santos et al. "Double pelvic osteotomy for treatment of hip dysplasia in dogs: 32 cases (1995-2007)." Journal of the American Veterinary Medical Association, 2009. Piermattei, Donald L., and Johnson, Kenneth A. "Pelvic osteotomies for the management of hip dysplasia." Veterinary Surgery, 2013. Sobre o autor
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A relação entre obesidade e problemas ortopédicos em cães

A obesidade é uma condição cada vez mais prevalente entre os cães, principalmente em ambientes urbanos onde o estilo de vida dos animais muitas vezes reflete o de seus tutores. O excesso de peso pode acarretar uma série de problemas de saúde, incluindo condições ortopédicas graves. A relação entre obesidade e problemas ortopédicos em cães é direta e significativa, pois o sobrepeso coloca uma carga adicional nas articulações e nos ossos, levando ao desgaste precoce, inflamação e dor crônica. Um dos problemas ortopédicos mais comuns associados à obesidade é a displasia coxofemoral, uma condição em que a articulação do quadril não se desenvolve corretamente, resultando em um encaixe inadequado da cabeça do fêmur na cavidade do quadril. Em cães obesos, o peso adicional agrava essa condição, acelerando a degeneração da articulação e aumentando a dor. Outra condição frequentemente associada à obesidade é a ruptura do ligamento cruzado cranial, que ocorre quando o ligamento que estabiliza o joelho se rompe, muitas vezes devido ao estresse excessivo causado pelo peso adicional que o animal carrega. Além desses, a luxação de patela, em que a patela se desloca de sua posição normal, e a osteoartrite, uma doença degenerativa das articulações, são outras condições ortopédicas que podem ser exacerbadas ou desencadeadas pela obesidade em cães. A sobrecarga constante nas articulações dos membros, especialmente dos membros posteriores, leva a microlesões repetidas, que se acumulam ao longo do tempo, resultando em inflamação crônica e dor. Quando se trata de tratar essas condições ortopédicas em cães obesos, a cirurgia é frequentemente necessária para restaurar a função normal e aliviar a dor. A escolha da cirurgia depende da condição específica do cão e do grau de dano causado pela obesidade. Para a displasia coxofemoral, procedimentos como a osteotomia pélvica dupla (DPO) ou tripla (TPO) podem ser indicados em cães jovens, enquanto a colocefalectomia ou a substituição total do quadril podem ser recomendadas em cães mais velhos ou em casos graves. No caso da ruptura do ligamento cruzado cranial, a técnica de osteotomia de nivelamento do platô tibial (TPLO) é frequentemente a preferida, pois altera a biomecânica do joelho para estabilizá-lo sem depender do ligamento rompido. A luxação de patela pode ser corrigida com uma cirurgia de realinhamento do mecanismo extensor, que geralmente envolve a transposição da tuberosidade tibial, aprofundamento do sulco troclear, ou ambos. Já a osteoartrite, embora não possa ser "curada" através da cirurgia, pode se beneficiar de procedimentos como artroscopias para remover fragmentos de cartilagem danificada e osteófitos, melhorando a mobilidade e aliviando a dor. No entanto, é importante ressaltar que a cirurgia por si só não resolve o problema subjacente da obesidade. Para garantir o sucesso a longo prazo e prevenir futuras complicações ortopédicas, é crucial que o cão obeso seja submetido a um programa de perda de peso rigoroso, que inclua uma dieta equilibrada e um aumento gradual da atividade física. Além disso, o manejo da dor e da inflamação através de medicamentos, fisioterapia, e suplementação adequada também desempenha um papel importante na recuperação pós-cirúrgica e na qualidade de vida do animal. A decisão sobre qual cirurgia optar para o seu cão deve ser tomada em conjunto com um veterinário especializado em ortopedia, que poderá avaliar a gravidade da condição, o impacto da obesidade, e o melhor curso de ação para o bem-estar do animal. É fundamental considerar não apenas a eficácia da cirurgia, mas também a capacidade do tutor de gerenciar o pós-operatório e os cuidados a longo prazo, incluindo o controle de peso, que é essencial para evitar recidivas e novas complicações. Referências bibliográficas
1. Kealy, R. D., Lawler, D. F., Ballam, J. M., Mantz, S. L., Biery, D. N., Greeley, E. H., ... & Segre, M. (2002). "Effects of diet restriction on life span and age-related changes in dogs." Journal of the American Veterinary Medical Association, 220(9), 1315-1320.
2. Smith, G. K., Gregor, T. P., Rhodes, W. H., & Biery, D. N. (1993). "Coxofemoral joint laxity and its treatment in the dog." Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 23(4), 783-792. Sobre o autor
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Acidente vascular cerebral (AVC) em cães

O acidente vascular cerebral (AVC) em cães é uma condição que ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro, resultando em danos neurais. O AVC pode acontecer devido a diferentes causas, como um coágulo sanguíneo, ruptura de um vaso sanguíneo ou até mesmo uma hemorragia no cérebro do cão. Assim como em humanos, essa condição pode ocorrer devido a diferentes etiologias, incluindo trombose arterial, embolia, hemorragia intracraniana ou doença vascular cerebral primária.
Os sintomas de um AVC em cães podem variar dependendo da localização e da gravidade do evento. Alguns sinais comuns incluem fraqueza súbita em um lado do corpo, dificuldade para andar ou se equilibrar, desorientação, inclinação da cabeça para um lado (head-tilt), falta de coordenação, alterações no comportamento e até convulsões. É importante notar que esses sintomas podem se manifestar rapidamente e exigem atenção veterinária imediata. O diagnóstico de um AVC em cães pode ser desafiador, pois os sintomas podem ser semelhantes a outras condições neurológicas. O veterinário pode realizar uma variedade de testes, incluindo exames neurológicos, exames de imagem como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) e exames de sangue para descartar outras causas subjacentes.
O tratamento de um AVC em cães visa estabilizar o animal, prevenir complicações secundárias e promover a recuperação neurológica. Dependendo da gravidade do AVC, o tratamento pode incluir terapias de suporte, como fluidoterapia, controle da pressão arterial, oxigenoterapia e manejo da dor. Além disso, o veterinário pode prescrever medicamentos para prevenir coágulos sanguíneos, reduzir a inflamação e proteger o cérebro contra danos adicionais.
A recuperação de um AVC em cães pode variar significativamente de um caso para outro e pode depender de vários fatores, incluindo a extensão do dano cerebral, a rapidez do diagnóstico e tratamento, a idade e a saúde geral do animal. Alguns cães podem se recuperar completamente e retornar às atividades normais, enquanto outros podem enfrentar complicações crônicas.
É fundamental fornecer apoio com terapias de reabilitação, modificações no ambiente doméstico para garantir a segurança do animal e medicamentos de acompanhamento conforme necessário. Além disso, é importante monitorar de perto o cão em recuperação e estar atento a quaisquer sinais de deterioração ou novos sintomas.
Prevenir um AVC em cães nem sempre é possível, já que algumas causas, como malformações congênitas ou predisposição genética, podem estar além do nosso controle.

No entanto, há medidas que os tutores podem tomar para reduzir o risco de eventos vasculares cerebrais em seus cães, como manter uma dieta balanceada, promover exercícios regulares, controlar condições médicas subjacentes, como hipertensão e diabetes, e evitar exposição a toxinas ambientais.
Em conclusão, o AVC em cães é uma condição séria que requer atenção veterinária imediata. Com um diagnóstico precoce, tratamento adequado e cuidados de suporte, muitos cães podem ter uma recuperação significativa e retornar a uma boa qualidade de vida.

No entanto, é essencial estar ciente dos sinais e sintomas de um AVC em cães e procurar ajuda veterinária assim que possível se houver suspeita de que o animal esteja sofrendo dessa condição. Referências bibliográficas
Garosi, Laurent. (2010). Cerebrovascular Disease in Dogs and Cats. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice. 40. 65-79. 10.1016/j.cvsm.2009.09.001. Sobre o autor

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades . Agende uma consulta presencial ou consultoria on-line pelo whatsapp (11)91258-5102.

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